Aposentadoria por invalidez: por que não é automática
Saiba por que a aposentadoria por invalidez não é automática e entenda os requisitos para garantir o benefício no INSS.
Leonardo Travassos
Aposentadoria por Invalidez (Incapacidade Permanente): Não é Automática
Um dos equívocos mais comuns entre os segurados do INSS é acreditar que, ao serem afastados do trabalho por problemas de saúde, já terão direito imediato à aposentadoria por invalidez — chamada atualmente de aposentadoria por incapacidade permanente.
Na prática, não é assim que funciona. O procedimento possui etapas, requisitos e critérios que precisam ser cumpridos para que o benefício seja concedido.
Como funciona o processo
Geralmente, o primeiro benefício concedido pelo INSS em casos de incapacidade é o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).
Esse benefício é destinado aos segurados que estão temporariamente impossibilitados de exercer sua atividade habitual, mas que ainda têm expectativa de recuperação.
Somente após avaliação médica criteriosa — realizada pela perícia do INSS — e comprovada a incapacidade total e permanente para qualquer atividade profissional, o auxílio pode ser convertido em aposentadoria por incapacidade permanente.
Requisitos para a concessão
Para ter direito à aposentadoria por incapacidade permanente, é necessário:
Cumprir a carência mínima: normalmente, 12 contribuições mensais, salvo nos casos de doenças graves previstas em lei ou acidentes de qualquer natureza;
Manter a qualidade de segurado no momento do pedido: ou seja, estar contribuindo para o INSS ou estar no período de graça;
Comprovar incapacidade total e permanente: demonstrar que não é possível exercer a atividade habitual nem se reabilitar para outra profissão.
Por que muitos pedidos são negados
Diversos segurados só descobrem os requisitos depois que têm o pedido indeferido. Isso acontece porque não entendem que a incapacidade precisa ser permanente e insuscetível de reabilitação — não basta apenas não conseguir exercer a profissão atual.
Além disso, inconsistências nos documentos médicos, falhas no histórico de contribuições e a perda da qualidade de segurado também estão entre as principais causas de negativa.
A importância da análise individual
Cada caso deve ser avaliado de forma personalizada. Um advogado previdenciário pode identificar a documentação necessária, apontar as melhores estratégias e, quando necessário, ingressar com recurso administrativo ou ação judicial.
Conclusão
A aposentadoria por incapacidade permanente é um direito, mas não acontece de forma automática. Entender as etapas do processo e se preparar com antecedência aumenta consideravelmente as chances de sucesso.
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